sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Fonte Redator : Lúcio Flávio

Reconhecimento: Professor da UFRN recebe prêmio inédito de academia britânica

Foto: Assessoria/UFRN
O professor do Departamento de Engenharia da Computação e Automação (DCA) da Universidade Federal do RN (UFRN), Samuel Xavier de Souza (foto, de pé), conquistou o prêmio Newton Advanced Fellowships, oferecido pela academia Royal Society, do Reino Unido, que financiará por dois anos o projeto de pesquisa desenvolvido pelo Laboratório de Arquiteturas Paralelas para Processamento de Sinais (LAPPS) da UFRN, juntamente com a Universidade de Bristol.
Coordenador do LAPPS, Samuel Xavier de Souza é o primeiro professor da UFRN a receber o prêmio e se torna parceiro da Royal Society durante o período de parceria, destaca informação de Marina Gadelha, da assessoria de comunicação social da Universidade, na capital do estado.
A pesquisa premiada, sobre softwares energeticamente eficientes, está em desenvolvimento há três anos no LAPPS e visa promover alternativas para criação de programas que consomem menos energia tanto para uso em dispositivos móveis – celulares e tablets, por exemplo – como também em data centers, onde são utilizados supercomputadores e servidores de nuvem computacional.
Com isso, espera-se garantir maior tempo de bateria nos dispositivos de pequeno porte e economia na conta de energia dos aparelhos de grande porte.
 “Para se ter noção, levantamentos apontam que os data centers consomem de 1,5% a 2% de toda a eletricidade gerada mundialmente”, explica o professor.
Para reduzir o consumo, o projeto propõe uma reestruturação por meio de um processamento paralelo: em vez do habitual funcionamento do programa em apenas um processador com alta frequência, propõe-se o aumento do número de processadores e a diminuição da velocidade, o que economiza energia mantendo o mesmo desempenho do aparelho.
A conquista do prêmio se deu por meio de parceria firmada neste ano com a Universidade de Bristol, no Reino Unido, onde a professora Kerstin Eder trabalha na mesma linha de pesquisa.
A verba cedida pela Royal Society é retirada do Fundo Newton, que destina 375 milhões de libras esterlinas para desenvolver, a longo prazo, o crescimento sustentável e o bem-estar social dos países parceiros por meio do fomento à pesquisa e à inovação.
No Brasil, o Fundo investirá 27 milhões de libras esterlinas até 2017.
Com esse financiamento poderemos desenvolver a cooperação internacional e a pesquisa na universidade”, cita Samuel Xavier, que irá ao Reino Unido na segunda semana de dezembro para iniciar a colaboração.
Atualmente, o projeto de softwares energicamente eficientes do LAPPS/UFRN é tema de uma pesquisa de doutorado concluída, três em andamento e uma nova que começará no próximo semestre, assim como de um trabalho de mestrado.
O laboratório faz parte do Núcleo de Pesquisa e Inovação em Tecnologia da Informação (nPITI), do Instituto Metrópole Digital (IMD), e ainda abriga outros projetos dentro do grupo de pesquisa em sistemas computacionais e de comunicações energicamente eficientes.

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